Já há tanto tempo não digo nada por estas bandas, nem para atualizar com uma frase ou pensamento... Aqui estou hoje depois de um dia de Domingo passado na companhia de mim mesmo a atualizar de forma diferente , relatando os momentos e as situações que muitas vezes só nos apercebemos quando estamos sós, muito mais observadores de tudo que nos rodeia. Aqui vai: Quando vc acha que sabe todas as respostas..... A vida vem e muda todas as perguntas. Comecei o meu dia lá pelo meio dia, dado que o dia anterior foi de trabalho, e um pequeno acidente de trabalho para variar. A cama tem o poder da regeneração... banho tomado e roupinha vestida, decidi ir almoçar num restaurante agradável da cidade. Posso dizer que é um verdadeiro ato de coragem entrar num restaurante tradicional num dia de Domingo sozinho. Passei o almoço a ser observado, até imaginei os pensamentos... - " O que faz aquele idiota sozinho? " - " Será que não tem família? " Bem, almocei o que queria, desfrutei de uma companhia maravilhosa... a minha. Gosto de estar sozinho de vez em quando, não mudo os meus rituais por estar só. Sair do Restaurante caminhei ate o carro e presenciei uma cena triste: Um casal jovem onde o marido seguia uns passos à frente da esposa que além do bebé, carregava o saco com aquela tralha toda "basic baby". Seguiam para um restaurante, onde a mulher dizia ao seu senhor para pedir qualquer coisa, que não consegui entender, a besta do marido respondeu a gritar: - Pede tu se quiseres, ou não tens boca? Detesto essas grosserias naturais do efeito da rotina na vida das pessoas. Como bom moço que sou, acho que a elegância e a educação são valores importantíssimos. Já não tenho idade para acreditar em amores eternos, e a vida já me ensinou que a convivência degrada qualquer grande amor, aniquila a paixão, mas não posso aceitar que pessoas que partilham o mesmo teto não se respeitem e admirem ao menos. Claro que muitas vezes entre quatro paredes, levantamos o tom, dizemos barbaridades, mas em público...francamente! E o amor...onde ficou? São essas perguntas que fazemos todos os dias,e todos os dias a vida muda as respostas!!

(Victor Portinari)

Hoje acordei pensativo,cheguei no trabalho,fiz as coisas de sempre...é por alguns minutos me senti só então fiquei em silêncio e foi então nesse hora que comecei a fala com o meu proprio Eu desta forma:-poxa seria tão bom, sair por aquela porta e conhecer alguém sem precisar procurar no meio da multidão. Alguém que soubesse se aproximar sem ser convidada ou que não se esforçasse tanto para parecer interessante. Alguém de quem eu não quisesse fugir quando a intimidade derrubasse nossas máscaras, que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse, alguém que me roubasse um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse. Que me dissesse que eu canto mal, que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse desastrado. Alguém de quem eu não precisasse.. mas com quem eu quisesse estar sem motivo certo. Alguém com qualidades e defeitos suportáveis, que não fosse tão bonita e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção. Que me encontrasse até quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo. Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém imperfeito, mas feito pra mim...
sim isso foi um desabafo!

(Victor Portinari)

Você pode ter um tempo
Prá pensar
E uma eternidade
Prá se arrepender
Tá na cara
Dá prá ver no seu olhar
Tô fazendo muita falta
Prá você...

É loucura não ouvir o coração
Desse jeito a gente pede
Prá sofrer
Eu não quero te ver
Na solidão
Tô fazendo muita falta
Prá você...

Musica-> To fazendo falta.(Joana)

Quase!!

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
(Luis Fernando Veríssimo)





Hoje acordei com este texto de Veríssimo, entrelaçado aos meus pensamentos, nem foi a primeira... nem será a última que isso vai acontecer. Interessante como tenho vivido... Dizem que cada ser está aqui para cumprir uma missão, eu descobri a minha...encontrar pessoas que querem economizar a alma, e viver uma vida morna e fazê-las acreditar que o sol existe e que a alma não precisa de protetor solar. Sem dúvidas que nem todas as estrelas estão ao nosso alcance, mas se eu não olhar para o céu e esticar os braços, nunca vou ter a chance de alcançar alguma. Felizmente também descobri uma coisa, que vou continuar a ter fé nos seres humanos e que de modo nenhum vou economizar a minha alma e o meu coração. As vezes sinto-me cansado , sinto-me na obrigação de proterger todos aqueles que pelo meu caminho passa ou pelo menos tento,deixo que o meu calor humano seja livre de filtros dos erros passados, mas na vida partilhámos coisas boas e ruins , não vivemos isolados , absorvemos... Era bom que o calor humano fosse sempre o mesmo, teríamos uma vida cheia de sol,e tudo seria tão mais facil..porem o que recebo são os efeitos de um coração gelado. São os dias do quase, do morno, do mais ou menos que contesto, luto e lutarei. A dor o vazio fazem parte do caminho, agora não entendo porque que as pessoas quando sofrem, fazem-no com a alma toda, e quando estão felizes e amam, se poupam com medo de sofrer o ser Humana não é um ser Dificil, mas complicado de entender e nisso tudo resta-nos ter paciencia e fé.
(Victor Portinari)





Purifica teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo

Você agora e meu segredo.

Eu não posso acabar com todos os seus problemas, dúvidas ou medos, mas eu posso ouvir você e juntos podemos procurar soluções. Eu não posso apagar as mágoas e as dores do seu passado nem posso decidir qual será o seu futuro, mas no presente eu posso estar com você se precisar de mim. Eu não posso impedir que você leve tombos, mas posso oferecer minha mão para você agarrar e levantar-se. Suas alegrias, triunfos, sucessos e felicidades não me pertencem, mas seus risos e sorrisos fazem parte dos meus maiores bens. Não é de minha Ousadia tomar decisões por você, nem posso julgar as decisões que você toma, mas eu posso apoiar, encorajar e ajudar se me pedir. Eu não posso traçar ou impor-lhe limites, mas posso apontar-lhe caminhos alternativos, procurar com você medidas crescimento, formas de encontrar-se, meios de ser você mesmo sem medo da rejeição.

(Victor Portinari)

" Minhas tristezas são só minhas, mas as tristezas dos outros me doem tanto quanto''...

O que é que o teu reflexo diz?

O que seu espelho mostra pra você, quando você está de frente pra ele? O que é que você diz de você mesmo, do que você faz, do que você fez, do que você pensa? Seria possível tamanho distanciamento de si mesmo, a ponto de uma auto-avaliação que não seja contaminada pela nossa vaidade? O que tenho descoberto é que, a cada dia que passa, nós, que acreditamos em nós mesmos, vemos no reflexo algo cada vez mais parecido com o que sonhamos. Que fique claro que não me refiro, aqui, à imagem física, às aparências e às enganosas armadilhas que essas nos colocam pelo caminho. Eu falo de sonhos, e de objetivos, que nada mais são do que sonhos dos quais a gente realmente está correndo atrás. Eu falo de missões que a gente dá a si mesmo. Estamos cumprindo? Estamos, ao menos, tentando cumprí-las? Será que a gente sabe qual é a nossa missão aqui? O espelho pode nos dizer isso melhor do que ninguém. Estou cansado de gente que não consegue olhar nos olhos, pura e simplesmente por não saber que é atrás dos olhos que se encontra a nossa alma, nosso verdadeiro ser. Essas pessoas não conseguem nem olhar nos seus próprios olhos, pois sabem que vão ver o que não querem, mas sabem o que é. Sabem que estão em débito para consigo mesmos, e não se demonstram interessados em saldar essas dívidas. Quantas vezes acabei encontrando uma pergunta ainda mais inquietante, quando tudo o que eu queria era uma resposta curta e certeira. Não há. Nunca houve. Algumas delas o espelho me conta, quanto a outras, me dá somente dicas confusas. E tem também aquelas que são tão complicadas que eu nem sei por onde começar a perguntar. E é por não ter respostas para tudo que eu acabo escrevendo pra mim mesmo essas perguntas. Um dia eu vou saber responder. E vou escrever na minha alma, para que todos leiam por detrás dos meus olhos.


(Victor Portinari)

Quando vc acha que sabe todas as respostas.....

A vida vem e muda todas as perguntas.

Minha Princesa

Querer alguém, ou alguma coisa, é muito fácil.

Mesmo assim, olhar e sentirmo-nos querer, sem pensar no que estamos a fazer, é uma coisa mais bonita do que se diz. Antes de vermos a pessoa, ou a coisa, não sabíamos que estávamos tão insatisfeitos. Porque não estávamos. Mas, de repente, vemo-la e assalta-nos a falta enorme que ela nos faz. Para não falar naquela que nos fez e para sempre há-de fazer. Como foi possível viver sem ela? Foi uma obscenidade. Querer é descobrir faltas secretas, ou inventá-las na magia do momento. Não há surpresa maior. O que é bonito no querer é sentirmo-nos subitamente incompletos sem a coisa que queremos. Quanto mais bela ela nos parece, mais feios nos sentimos. Parte da força da nossa vontade vem da força com que se sente que ela nunca poderia querer-nos como nós a queremos. Querer é sempre a humilhação sublime de quem quer. Por que razão não nos sentimos inteiros quando queremos? É porque a outra pessoa, sem querer, levou a parte melhor que havia em nós, aquela que nos faz mais falta. É a parte de nós que olha por nós e nos reconcilia conosco.

(Miguel Esteves Cardoso)

O que vale é que na fulgacidade do querer, entre as idas e vindas, vamos nos reconciliando com a nossa santa pessozinha, por não sentirmos as inseguranças normais de quem quer muito, algo ou alguém, esquecemos as nossas faltas secretas, deixamos por algum tempo de fazer loucuras ou... pelo menos deixamos de ter um álibi louvável para os nossos momentos de insanidade ( isso é que é chato, hehehe).

Mesmo assim acredito que o melhor que levamos desta vida são os momentos realizados nos nossos picos de insanidade , talvez porque reflitam exatamente o que lá por dentro mexe com a nossa alma, sem máscaras, sem filtros da sociedade... sem tabus.

Sentirmos que nem sempre somos certinhos, que nem sempre somos seguros ... subir pelas paredes e andar à beira dos precipícios, na maior parte das vezes nos faz ter mais vontade de viver... porque não voar???

(Victor Portinari)

O calor dos movimentos
Provoca na pele
Lágrimas de suor que escorrem
Desenhando rios, riachos e cascatas
Nas dunas de um corpo
Que nunca tinha conhecido mais que o deserto.